Nosso mundo e nossas vidas estão sendo moldados pelas tendências conflitantes entre a Globalização e a Identidade da Sociedade, a qual está sendo moldada pela globalização das atividades econômicas decisivas no campo estratégico; pela flexibilidade e instabilidade do emprego; pela individualização da mão de obra; por sua forma de organização em redes; por uma cultura de virtualidade real construída a partir de um sistema de mídia onipresente, interligado e altamente diversificado.
Esse é o novo mundo, repleto de quebra de paradigmas, onde cientistas e pesquisadores estão convivendo e sendo desafiados a trazer soluções aos abalos institucionais provocados, que têm transformado culturas e sociedades. O desafio dos cientistas desse novo mundo é prover soluções inovadoras que gerem esperança, que incorporem elementos transformadores das relações humanas com avanços na qualidade de vida.
Cada cidade tem suas características básicas, estabelecidas em sua origem, as quais estão primordialmente ligadas a fatores socioeconômicos, segurança e cultura. A arquitetura de uma cidade é uma criação inseparável da vida pessoal e da sociedade no contexto em que se manifesta, sendo coletiva por natureza. Uma cidade é multidimensional e reúne pessoas de origens diferentes, de culturas distintas, de diversos níveis de instrução, de riqueza e de entendimento.
Todos esses fatores dotam as cidades de complexidade gerencial, que, à medida que a cidade cresce, demandam especialização dos processos de gestão dos recursos públicos. A Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, então, entra em cena, como forma de apoio e solução às demandas existentes, por isso desempenha papel significativo na gestão das cidades.
Tendo em vista a necessidade de se administrar as cidades, com toda a sua complexidade e sofisticação, e capacitar o gestor público a ter bom desempenho, entende-se como inexorável a utilização de técnicas e ferramentas de TIC como instrumentos de apoio e melhoramentos de processos institucionais.
Com vistas a se estabelecer parâmetros de atuação, uma Cidade Inteligente é aquela que lança mão dos seus dados e informação (Big Data) no processo decisório governamental, na elaboração de programas e políticas públicas, e desenvolve soluções e aplicações que venham a avançar na qualidade da gestão pública e da vida cidadã.
Para se chegar a esse estágio, entende-se como pertinente, importante e plenamente justificável, o estudo dos seguintes temas:
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Inteligência Artificial – IA na gestão da Cidade Inteligente;
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Machine Learning na construção de Cidade Inteligente;
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Data Mining na formação da inteligência de uma Cidade Inteligente;
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Aplicações para plataformas móveis de gerenciamento de serviços públicos;
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Banco de Dados;
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TV Digital na Educação;
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Aplicações de Internet das Coisas – IoT na Cidade Inteligente;
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Tecnologias para o aprimoramento da mobilidade urbana;
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Tecnologias de proteção e relacionamento com o ecossistema da Cidade Inteligente – Energia, Água, Esgoto, Captura de carbono da atmosfera, etc.;
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Tecnologias de utilização da energia fotovoltaica para o desenvolvimento sustentável da Cidade Inteligente;
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Tecnologias de Segurança Pública;
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Tecnologias inovadoras e impulsionadoras do empreendedorismo, partindo da vocação econômica da Cidade Inteligente;
Estas, contudo, são algumas das diversas possibilidades de pesquisa que despontam no contexto de uma Cidade Inteligente. A partir delas, outras inevitavelmente surgirão. O essencial, entretanto, é a existência de um núcleo que faz convergir o recurso humano, o recurso tecnológico, o conhecimento, a experiência para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Esse é o Laboratório de Comunicações Visuais – LCV.